Carta de Despedida
Foi tão bom viver aquilo que nunca o foi,
Acreditar no futuro sem presente nem passado.
Por vezes a verdade apenas magoa, apenas dói,
Mas pior que “morrer” de verdade é viver enganado…
O sonho era bom demais, mas fiz bem em despertar,
Tal como a noite dá lugar ao dia, a utopia morre às mãos da realidade.
Mas este ciclo nunca acaba e sei que ainda hei-de sonhar,
E, um dia, tantas vezes repetida, a mentira há-de virar verdade.
Alguma vez abandonaram um sonho ou qualquer outra ilusão?
Queimaram todos os planos que demoraram a desenhar.
Alguma vez deram por vocês sem sentido ou direção?
Queimo agora o teu retrato…nem sequer acabei de o pintar.
Muito mau foi saber que não havia mais nada a saber,
Mas assim ao menos a minha imaginação terá parança.
Não ganhei mas não perdi…embora me sinta a perder,
Mas pior que te perder, foi mesmo perder a esperança…
Sempre que nos despedimos e saímos de um lugar, caminhamos para outro…
(04/12/2015 – 23:45)
Comentários
Frederico De Castro
Sáb, 05/12/2015 - 18:06
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Belissimo texto
Belissimo texto
meus parabens
FC
António Cardoso
Sáb, 05/12/2015 - 18:47
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Muito obrigado, senhor
Muito obrigado, senhor Frederico De Castro!
Madalena
3ª, 08/12/2015 - 16:04
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Fora caminho de tristeza! Bem
Fora caminho de tristeza! Bem vindo caminho de alegria!
Sei que terei que me acostumar, novo momento, renovar sentimento... Porém, nova estrada à caminhar!
Lindo e triste seu poema... Parabéns! Essa é a vida dos poetas!
M.C.R.
António Cardoso
4ª, 09/12/2015 - 18:56
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Muito obrigado, Madalena.
Muito obrigado, Madalena.
E o caminho faz-se para a frente...
josé João Murti...
6ª, 11/12/2015 - 22:55
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Passei para cumprimentar!
Um abraço!
João Murty
António Cardoso
Sáb, 12/12/2015 - 10:42
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E fez muito bem, amigo João
E fez muito bem, amigo João Murty.
Um abraço também para si!