Sem antídotos
Autor: Frederico De Castro on Saturday, 19 March 2016
Sinto no apelo destes olhos que me fitam
um cego olhar rasgando as inquietações
inundando os beijos meus que ao teu redor
se despem e explicitam de insinuações
- Basta desfolhar o tempo repartindo-o
serenamente até onde gravitam
as respostas inconfundiveis
decifrando-te nos dispersos
murmúrios intangíveis
- Regista minhas lembranças
quando ditas veementemente
no calor de tantos desejos
impassíveis
deixados degostar-te pela nesga
da vida onde te saboreio
tão promíscuo e perempetoriamente
- Confesso não ter mais
antídotos pra me resguardar
dos vícios tatuados num verso
incompatível
Apenas bastava alcançar-te com palavras
irrefutáveis
silenciando tua fisionomia escondida
ente mim
e as carências de um olhar partilhado
inalando-te tão vulnerável
- Que venha então a eternidade
descortinando nossa sobrevivência
deixada na cíclica manhã submersa
entre insuperáveis desejos acantonados
no tempo de todas as cumplicidades
vestindo as ilusões
num beijo versátil
pintado num dia onde sepultámos
de vez nossas insanidades
FC
Género:
Comentários
Madalena
2ª, 21/03/2016 - 17:45
Permalink
GOSTO MUITO! "OS SEUS POEMAS,
GOSTO MUITO! "OS SEUS POEMAS, ELES ENCHEM MEU CORAÇÃO DE DESEJO À ESCREVER... SÓ QUE MINHA ESCRITA SE CURVAM PERANTE ELES"!
ABRAÇOS!
M.C.R.
Frederico De Castro
Dom, 20/03/2016 - 20:33
Permalink
Obrigado pela gentileza
Obrigado pela gentileza
Abraços
FC