O Que Acontece Dentro do Meu Sorriso ao Olhar o Céu
Eu sou a pedra em frente ao espelho.
Meus pés calejados trouxeram-me aqui
E minha pele que nem calor e frio sabe distinguir
Destituiu a brandura dos meus desejos.
Eu estava procurando inspiração
Em cada faísca das estrelas.
O tempo, ministro diuturno,
Em ruas desertas,
Apontou-me as constelações.
Não foi difícil perceber:
Aldebarã não brilha tanto
Entre luzes foscas.
Eu que vivo hoje, já não sorrio ao te ver pelo caminho.
Eu sei sobre tudo o que não queria saber.
Esse Eu tão maltratado
Tem licença poética para não se apaixonar.
Existe orgulho em cada ferida aberta e seca;
Eu cheguei até aqui abandonando os restos de esperança.
Já não importa mais o que passou.
Em caminhos completos não existe regresso.
Agora posso me abrir para você;
O que verá não será diferente do que vê.
Comentários
Madalena
Sáb, 09/04/2016 - 00:18
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Lindo! Isso é real, mui belo!
Lindo! Isso é real, mui belo!
Abraços!