Versos sem destino
Autor: Frederico De Castro on Monday, 6 June 2016
Inventei fantasias
imaginei existências
calcorreei motivações
despertei outras conivências
gerei pensamentos bravios
retidos na penumbra da noite
saltitando em convergências
consumindo-me no pavio suave
das tuas perfumadas essências
O mundo esqueceu-se de todos
estes desassossegos
povoando o site das minhas
memórias
onde se trajam as profecias
onde se almeja mais fé
onde se ajoelha esta oração
exposta numa carícia tão
premente em feliz penitência
Agora sou refém dos mesmos
silêncios caminhando a
esmo pelos dias finais
onde tateio um verso sem destino
provocando-te ao ao raiar do tempo
sinuosamente clandestino
Agora a cada hora milimétrica
balançando nos ponteiros desta
frágil existência
adormeço os pensamentos
em desatino
pulando pelos vazios da saudade
onde éramos
versos apaixonados
carícias desesperadas
beijos indiscriminados
Leva-me nos teus sonhos
daqui até além onde
eu tenha todas as chances
de reencontrar-te
quase inevitável transitando
pelo horizonte do tempo onde
costuramos premeditadamente
um naipe de sabores degustados num abraço
deixado estendido…soterrando-nos
de amor assim tão prematuramente
FC
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Comentários
Diana Santos
3ª, 07/06/2016 - 21:43
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Profundo. Adorei Frederico.
Profundo. Adorei Frederico. Parabéns
Frederico De Castro
5ª, 09/06/2016 - 14:14
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Obrigado pela visita e pelo
Obrigado pela visita e pelo gentil comentário
Bem hajam
FC
Paula Pedro
Sáb, 02/07/2016 - 01:15
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Muito profundo, o seu poema.
Muito profundo, o seu poema.
Amei!
Beijinhos. :)
Paula Pedro
António Tê Santos
6ª, 17/01/2020 - 15:43
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Excelente poema! Os meus
Excelente poema! Os meus parabéns!