Cama fria e vazia (adaptado de Paula Pedro)
Autor: DiCello Poeta on Sunday, 3 July 2016
Infinitas lembranças eu tenho
Infinitas lembranças eu tenho
sim, aqui neste meu habitat
na imensidão do vazio da minha cama,
os lençóis… travesseiros, cobertores
perco-me em monólogos mentais
Desejos vorazes invadem-me
percorrem minha mansuetude
Quase posso te sentir antes de dormir
Agarro as sensações, ilusões
parecem-me momentos verdadeiros
Fecho meus olhos… penso…procuro-lhe
sim, reviro…remexo as réstias da mente
que desmente que estejas aqui
és meu delírio…eu suspiro, choro,
sufoca-me com loucura a alma
Ouço-te dizendo-me que me amas
dizendo-me: “boa noite!”; “bom dia”
Mas saiba, não estou triste
só estou repleto de carências
dores que a minh’ alma sente…
à deriva estou em ti, no teu mar
eu queria ter a chance de te amar
só mais um dia, com volúpia
com incandescencia sublime
Se leres este poema
saiba, dediquei-o a ti pela eternidade
pelo infinito daquele amor
que um dia, em mim, se fez presente
(Adaptado de © Paula Pedro,
Por DiCello, 03/07/2016)
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