A MINHA AMIGA FADISTA
Autor: fernandoramos on Sunday, 30 October 2016
A MINHA AMIGA FADISTA
Minha amiga cantarolava
poesia de fantasia
Ela que tanto amava
cantigas de muita alegria
Nos becos de Lisboa
era por onde andava
Passava p´las vielas na boa
e alguém por ela chamava
As janelas da Madragoa
se abriam de par em par
E de lá as pessoas pediam
um bonito fado fosse cantar
Policias e sopeiras
ouviam-na com emoção
Varinas e lavadeiras
choravam sem razão
Quando minha amiga cantava
na tasca de noites de lua cheia
A sardinha assada saltava
na brasa, pela hora da ceia
E naquelas noites de trova
muitos sorrisos havia
Por causa do vinho da uva nova
que o Zé Taberneiro vendia
E quando a manhã chegava
então tudo terminava
O pregão do carapau voltava
e a tasca do taberneiro fechava
de: fernando ramos
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