Lírico do Eterno Violino
Lírico do Eterno Violino
Caminhei ate o lago, próximo a choupana
Meus olhos viram o arco que se movimentava a
Mão do poeta com seu violino, distante e com
O olhar fixo a pauta, lágrimas corriam em seu rosto
Diante do poeta, uma longa ponte de madeira envelhecida
Ondas no ritmo uníssono, faz lembrar apenas um rosto
Que o inspira a compor, um sorriso que já não vê
Não pode sentir, por que este rosto não existi
Coração guarda, apenas magoas corrompedoras
Dor é o que sente, suas notas não expressam vida
Apenas corroí, e perturba o que já esta reprimido
Desenhando a melodia, com notas abafadas e tristes
É belo o que ouço, é triste o que vejo
O que inspira, é também o que destrói
O som expelido de seu violino, não regressará
Apenas se foi, e não se poderá recobrar.