Na sombra da vela

Uma vela a iluminar,

Corpos oleosos, 

Na luz a posar.

Duas sombras de corpos,

Em um contornar.

Uma fusão de emoção,

Em uma só sombra ficar,

Do despertar da paixão,

De onde são levados pelo prazer.

São duas sombras,

Que não param de mexer-se,

Na euforia do tanto querer.

São dois corpos desenhados,

Ofusco e acorrentados.

Uma só vela, 

Que acaba por apagar-se,

E essas duas sombras,

Esperam pela luz,

Para dois corpos revelarem-se.

Poeta sem cor  

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