Onde eu ingénuo existo

 

 

Queremos o que não podemos ter ao mesmo tempo que menosprezamos o que temos.

Caímos assim, para mais tarde caír novamente.

É tão fácil passar uma vida a sonhar, tão fácil nunca dormir.

Institivamente acreditamos que o momento é crítico.

O agora oferece infinitas possibilidades dentro do negativo e positivo desta vida.

Sem arrependimentos, porém reféns na inevitibilidade da consequência.

Continuamos a sonhar, continuamos a falhar.

Na persistência encontra-se a virtude deitada na cama da teimosia.

Onde o mundo teima em amanhecer, onde eu ingénuo existo.

 

 

Género: