A Terra é Azul
A Terra é Azul
Gostava de viajar no tempo, navegar numa caravela, ou entrar no futuro sem bater à porta. Deve ser um sentimento comum, esta necessidade de ver, descobrir e explorar.
Mas, como posso fazê-lo? Imaginar que não existe tempo deve ser a resposta. Oscilar como um pêndulo é muito monótono.
A nossa mente pode representar tudo, podemos procurar o que queremos recordar, ou avançar para o infinito e parar num qualquer ponto do espaço.
Nem sei muito bem para que serve relativizar o tempo… Acelerar ou alterar o sentido do pêndulo, mas é bom criar sem regra, construir sem medida, pensar sem limite.
Imaginem o que sentiram os antigos exploradores quando chegaram ao novo mundo… O que pensou o primeiro homem que pisou a lua, o que sentiu a Laika quando entrou em órbita.
Iuri Gagarin quando avistou a terra disse - “ A Terra é azul. Como é maravilhosa. Ela é incrível!”. Se imaginarmos o que ele sentiu, conseguimos perceber que a mente não tem tempo, que podemos viver quase tudo num pequeno instante.
Imaginem… imaginem que vão viajar com o Fernão Mendes Pinto e embarcam no alto do Castelo de Montemor para chegar ao Japão.
Imaginem que estão a navegar no Oceano Pacífico com o Capitão Cook.
Imaginem que acabaram de descobrir uma ilha e veem enormes árvores com copas estranhas, comem frutos doces de sabor intenso e estranho, sentem brisas de perfume, ouvem sons limpos e suaves, veem animais belos e estranhos, falam com pessoas diferentes e curiosas.
Imaginem…
Imaginar é como ver o brilho da chuva dentro de um arco-celeste, é ver a infinita beleza do luar incandescente, é encontrar um deserto e saciar a sede, é sorrir sonhando e voltar a ser criança.
MS
(14-12-2014)