A (e)terna esperança
Autor: Mr. Nobody on Wednesday, 15 March 2017
Se é simples a vulgar simplicidade,
Por não ter a complexidade de um complicado enredo,
Não será simples a ilusória verdade
De que a vida sobrecarrega a prepotência de um mero medo?
Mais do que a virtude, que a consciência e o pensamento,
Sobrevalece o espírito, o irracional (não a razão, o sentido),
Pois não revela mais, concerteza, o falível conhecimento,
Que o tenebroso e, contudo, inalcançável desconhecido.
Torna, então, necessária e credível, a tão criticada esperança,
Que ao invés da razão e do que é certo, ilumina o nublado segredo,
Do qual, através desse tormento, ao homem incute a confiança
Da insignificância do medo da efemeridade em confronto com a efemeridade do medo.
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