Repouso da saudade

Repouso da saudade

 

Memorias arrancadas

No peito guardadas

Esperanças perdidas

De abraços teus

Olhos molhados

Rasgando rugas

Pensamento meu

Em versos se escondeu

Dor renitente rasga a alma

Sedenta de versos teus

Há poemas que beijam

Bocas silvestres

De luz intermitente

Na áurea terrestre

Refugio-me nos teus olhos

Vou pelo sorriso dos teus lábios

E aspereza do teu coração

Desarmo as defesas

Que o tempo encardiu

Atravesso teus muros

 Encontro a tua essência

Brisa esvoaçante

Que me acaricia como se eu fosse flor

Grito no silêncio da religiosidade

Que me embriaga e acalma

Na minha alma rejubilada

Onde repousa a minha saudade

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