A máquina do tempo

Ora, quanto tempo se passou

desde o vero sorriso,

Para o abraço de meus pais 

não mais encontro o caminho.



A máscara que me encobre

eu não posso retirar,

no céu agora vejo

uma estrela a brilhar.



Tudo que menosprezava

me tornei, sem perceber,

o sorriso que brilhava

já não torna a aparecer.



O pai, me perdoe,

se é que podes me ouvir,

pois o que lhe prometeste,

se tornou tarde...

... se é que podes me ouvir.



Quem dera, eu pudesse,

no tempo retornar...

numa máquina do tempo

o passado transformar.



O pai, neste momento

coloco-me a escrever,

memorando suas histórias,

dentre as que me marcaste.



Nas noites de penumbra,

recordo, como num sonho,

sua voz doce e suave,

me contando com encanto,

- A máquina do tempo.

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