E depois...bebericar-te

O tempo despediu-se da solidão tragando
Cada gesto comovido alimentando a indecisa
Ilusão estatelada no vão da noite indivisa
 
Trago comigo a madrugada estilhaçando cada gomo
De luz ecoando indivisível surrando cada molécula de amor
Onde me refastelo num apogeu de desejos quase imprevisíveis
 
Suspiro cada ousado perfume que baila na taça dos meus
Silêncios depois de bebericar-te até me embebedar no teu
Ser, assim definitivamente…tão absolutamente
 
A noite nos longos atalhos da escuridão abre um roço
Na solidão quase impossível onde fundo o alicerce da esperança
Insaciável despindo cada hora ensurdecedora, furtiva…inexplicável
 
FC
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