Não foi por falta de confiar
Nem mesmo de amar
Isso até foi em abundância
Comprova que existe o erro
Do excesso.
Quando há excesso há também
A omissão. . .
Omiti minha autoestima.
Quando os corpos
Teve uma história bonita
Não necessita de contos
Nem mesmo de poesia
Ele se cala
Esvai-se em valas
Tornando–se um tolo
Discutindo o dolo
Não havendo palavra
Carinhosa para isso
Apenas um sentimento sem juízo
Comendo migalhas de rotina
Previsível como um bisso
Fixando lamentos
Como filamentos sedosos
Numa catarse libidinosa
Comentários
Lourdes Ramos
6ª, 31/05/2013 - 02:35
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nem contos, nem poesias
Belo texto poético. Embora haja uma certa amargura em cena...