De que cor são as memórias
Autor: Frederico De Castro on Thursday, 3 May 2018
É urgente inventar o silêncio
Lá fora, imune ao ruído ele reverbera
Aos pés da solidão quase impune
As memórias coloridas espraiam-se pelo
Ventre da terra deixando no museu do tempo
O retrato das tranquilas madrugadas por ali
Divagando tão inexactas
Serena e tão formal a noite desnuda-se perante a
Assembleia das minhas ilusões impregnando um subtil
Gomo de luz macerando na escuridão obsoleta e intáctil
Ficam as impressões digitalizadas no semblante deste
Silêncio imemorável, flagelando cada longa hora ancorada
Ao luto que velo nas minhas tristezas desconsoladas
Pingando entre tantas, destelhadas solidões bem enclausuradas
FC
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