Este meu fado
Autor: Frederico De Castro on Sunday, 9 September 2018
Arqueada vai agora a solidão uivando de fininho
Até que, num pranto colérico e tão insano se revelem
Todos os detalhes de uma fé irremediável e lusitana
Soam guitarras lá longe e o fado triste homenageia
A dor sob o trinado de doze cordas desoladas pois o silêncio esse,
Calou-se, confidente, soluçando,ali pra sempre… inconsolado
Morrer de amor ou de saudade é uma sina que vem acoplada
A tanta solidão aliciada e exilada num naipe de ilusões sempre
Tão extrapoladas e sepultadas na noite enferma, ali estatelada
No jardim dos meus versos planto palavras líricas deixando vestígios desta
Lusofonia numa rima fecunda e tão eufórica, onde rubrico este poema sitiado,
Afogado, na piscina das tuas lágrimas caindo meteóricas e amnistiadas
FC
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