ASAE/BPSM
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A Associação Sénior dos Antigos Empregados do Banco Pinto e Sotto Mayor do Fundão e da Covilhã, já tem diversos anos, muito mais antiga que a Asae, do conhecimento de todos, principalmente os comerciantes e donos da restauração.
Trimestralmente, na última quarta-feira de cada mês, tem um encontro em territórios previamente definidos, inserido no plano anual de atividades. A complementar este Plano, há uma visita anual de gastronomia e cultural. Desta vez, foi escolhida a cidade de Setúbal, sob a orientação dos elementos da Comissão, Ilídio Filipe e José Teixeira, como ajudante de campo, António Canário, contou com o apoio logístico local dos “Manos”, Francisco e João Fernandes.
A partida do Fundão, junto às antigas instalações do BPSM, atualmente com outra designação, não podia ter maior simbolismo. Além alguns dos vinte elementos da comitiva deram o seu melhor em prol da instituição bancária.
Hoje com as novas desumanas tecnologias já não tem a vivacidade de outros tempos de aconselhamentos, de desabafos, de utentes atendidos por funcionários amigos, solícitos, conselheiros, vizinhos…
Na viagem foram recordados os que partiram e algumas mensagens daqueles que justificaram a sua ausência.
Junto à Junta da Freguesia de Alferrarede, agora a malfadada União de Freguesias de Abrantes – João – São Vicente e Alferrarede, na Rua Marquesa do Faial, (valha-nos a realeza), num espaço acolhedor, com sombras e mesas para o “Mata Bicho”, bom pão da Beira, queijo e vinho do Fundão, conjuntamente com outras iguarias. Alguém se lembrou da Palha de Abrantes, mas não se passava por lá…
Teve-se a gentileza da funcionária da Junta de Freguesia, que disponibilizou as instalações para os serviços que ´só cada um pode fazer. Verificou-se que estava ali uma excelente monitora para dar cursos de relações e atendimento público e bancário. Há gente que tem normas, mas por terem aprendido com os seus ex-companheiros de trabalho, julgam-se importantes e não querem cumprir ais suas obrigações. Já a minha saudosa mãe, me dizia, “filho muitos não conhecem a pia batismal onde foram batizados, outros a pia onde comeram.”
Na União das ditas Freguesias, recebemos a revista, “Os Passos do Concelho”, em Abrantes em novembro, vai decorrer” O FESTIVAL DE FILOSOFO DE ABRANTES – A INTELEGENCIA ARTIFICIAL, O TRABALHO E O HUMANO.” Ainda bem, porque já temos os festivais das cherovias, dos melões, das melancias, dos tomates, dos sacos azuis, das toupeiras, dos melros, do vinho verde e do tinto. Finalmente um dos filósofos…e há para aí tantos à solta.
Também a indicação de um coloquio sobre ética no desporto, que soltou algumas gargalhadas.
À saída da Ponte Vasco da Gama, pequenos barcos, homens com sacos às costas a fugir da subida da maré, lembrei-me de terras da Guiné. Dizem-me que levavam ameijoas. Na Guiné camarão e peixe da bolanha.
Á hora acordada estava-se no restaurante – A Nova Lídia -, não a assistir a uma sessão de leitura da escritora com o mesmo nome, mas sim para uma gustação doo melhor peixe do mundo, o de Setúbal.
“O melhor de mim está para vir”, acontece numa visita cultural ao Moinho das Marés das Mouriscas, situado na Reserva Natural do Estuário do Sado, criado em 1970, pelo Instituto da Conservação da Natureza, um palco de biodiversidades, num espaço migratório de centenas de espécies de aves.
A guia Isabel Guimarães, do Turismo da Camara Municipal de Setúbal, explicou que este Moinho das Marés, foi contruído em 1601, como indica uma placa daquela época, e esteve a moer diversos cereais de quintas limítrofes até setenta, o sistema de moagem, utensílios… O moinho dividia-se em três partes, armazém, zona da moagem e residência do moleiro. O último foi o senhor Manuel Barata.
Interpelada, respondeu a diversas perguntas e dada a sua simpatia, foi convidada para vir às Festas da Cereja no Fundão e visitar as Azenhas do Souto da Casa.
Na ida e na vinda colocou-se a conversa em dia, recordou-se tempos passados, não faltaram as anedotas do António Canário e as suas cantorias.
Agora é esperar, se tudo correr bem o encontro trimestral em Janeiro de Cima, no dia 24 de outubro.
Ao chegar ao Fundão, com a esplanada do Cine – Bar cheia, lembrei-me da frase de Frederico Schlegel, “o bem supremo e a cousa mais importante é a cultura,” com todas as dimensões.
António Alves Fernandes
Aldeia de Joanes
Setembro/2018