Indulto para a solidão

Restam da escuridão sombras asfaltadas
Numa luminescente manhã desbravada
Insuflam aquela subtil neblina que sem custódia,
Amordaça minha solidão sempre catapultada
 
Crio versos e sílabas apaixonadas flutuando
Pelos batentes do tempo num vai vem indultado
Inspirando a força das palavras astutas, dotadas
Deixando o silêncio com ganas de gritar quase molestado
 
Perfumadas pelo olfacto do tempo excitam-se loucas horas
Tão atarantadas, gravitando sob um manto de espessas
Brumas escoltadas por pequenos gomos de ilusão arrebatada
 
Além, um bando de silêncios exultam bem ostentados
Desmembram emoções que só eu interpreto enquanto
Peneiro a saudade andarilha, latente…desconcertada
 
FC
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