Manuel Duran Clemente
Capitão de Abril Manuel Duran Clemente
Meu bom amigo, permita-me que lhe demonstre a minha gratidão pelo que fez por todos nós. Lutar pela liberdade é e sempre será um fim a alcançar.
A Liberdade é o bem mais belo e precioso que podemos ter.
Dedico-lhe humildemente algumas das minhas palavras:
Quero ler o Mundo
Quero ler o mundo como quem lê um livro, como quem sente emoções quando olha nos olhos do seu cão. Quero ler o mundo e o os caminhos que me levam a casa, agarrar o meu chão, ler a minha vida.
O mundo inteiro clama por paz, mas não conseguem ler o mundo… entreguem o livro do universo às crianças elas saberão senti-lo.
Hoje a ambição do poder, a crueldade e o exibicionismo não têm limites, felizmente o altruísmo da lua e do sol também não.
Quanto a mim gosto de ler o mundo para poder sonhar e olhar as pequenas coisas de frente: os panos de linho do meu amigo Valentim, a broa da minha avó, o sorriso do meu pai, as conversas sem fim da minha mãe… e a água do meu rio de onde vem?
(Quando se deu o 25 de Abril estava na Escola Primária, Externato Júlio Cesar, a 200 metros do Quartel de Engenharia da Pontinha, segundo consta, daí partiram as ordens de comando da Revolução de Abril. O meu sogro, hoje Capitão do Exército e a minha mulher viviam dentro do quartel).
Abraço Fraterno
Espero que esteja de boa saúde
MS
06/11/2018