Outrono
Autor: Paulo Sousa on Tuesday, 27 November 2018
Caem castanhas no meu sono
Perante o céu frio do gueto
Descansa o cadeirão outrono
Pinturas em pastel seco
Arqueio mil arco íris
Do nevoeiro da fogueira
Prenda do primo Osíris
Um copinho d´uva lameira
Em passadas caducas
O Sol acolhe o serão
Estaladiças não são frutas
Sementes deste verão
As cores da metamorfose
Darão asas de lagarta
E poeto sem que prose
Um passeio pela mata
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