A muldura
Autor: Frederico De Castro on Monday, 11 February 2019
No quadro das ilusões pintam-se tantas
Emoções gigantescas onde um sereno
Gesto desemboca nesta rima tão arabesca
Nas bordas do tempo esquadrinho aquela
Hora final ruidosamente recambolesca comendo
Com gula cada afecto principescamente pitoresco
Na manhã tagarela que nasce vaidosa brilha um
Concupiscente silêncio, quase dantesco, adagio
Para um oboé vibrar, vibrar tão gigantesco
Dos troncos da noite brotam agora pequenos ramos
Desta solidão extasiada e complacente, qual seiva
Escorrendo no perfil de uma caricia sempre convincente
FC
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