Solidão omnipresente
Autor: Frederico De Castro on Monday, 22 April 2019
Entre as dunas da minha solidão escorre uma
Maresia longínqua, arrotando ondas prenhes de
Reverberação…oh, desalento para tanta emoção
Entre o areal da praia que vorazmente se
Alimenta desta escuridão ventríloqua, deixo no
Arquivo do tempo uma palavra desvairada e iníqua
Pelos nós da memória desatam-se saudades tão
Obliquas e até desentalamos aquele silêncio que
Indiferente excursiona pelas vielas da alma tão carente
A madrugada tímida e envelhecida balbucia entre
Dentes um lamento omnipresente, prensando a solidão
Contaminada pela esperança fundamental e reverente
FC
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