Profundo azul
Autor: Frederico De Castro on Friday, 24 May 2019
Nas profundezas do tempo navegam tantas
Luminescências azuladas, deixando afogar estes
Silêncios numa ressaca de ondas dissimuladas
Esguicham as noites suas escuridões magnificas
Suspiram palavras inspiradas com uma flexibilidade
Inexorável, até apascentar um eco pleno de serenidade
Na poeira dos dias mais permeáveis entrelaçam-se
Saudades quase insanáveis…oh grácil manhã fragrante
Que insana te doas a uma caricia tão depurante
Colhi da solidão tantas lágrimas reverberantes e até
Pincelei nas memórias uma colorida lembrança que se
Aninhou entre meus delírios esfomeados e quase dementes
No profundo azul navega uma maresia tão complacente
Dissolve-se entre o leito do tempo e todos os vácuos
Deste silêncio que se dilui intensamente contundente
FC
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