colonizou a si mesmo
O Batel vem deslizando em águas mansas divide a espuma branca no breve chuá, onde a brisa Mansa me Remansa e se faz sonhar.
Chego de olhos vermelhos lagar para colonizar minha própria terra onde nasci e vivo a remar.
No poente ainda que escuro sol velam por nós em âmbito igual mesmo que casuais estrelas cativas que giram pelo poder de uma estrela colossal.
O chão é seco e ressoante a sede de poder secou o Pote que de Barro virou pó e foi soprado pelo vento do norte, a sede continua cruciante apenas o grande mar de águas salgadas, é dele que me alimento, contra uma fome de náufragos delirantes.
E me ponho a remar em ritmo enfadonho na borda da saia de uma moça, do alto vejo a orla de uma cidade princesa meu ritmo agora é alegre, minhas lágrimas prisma a luz, seus cabelos negros são.
Nos ombros de ciclopes gigantes, olho de cima e vejo uma ilha minha cidade um retiro triunfante, o arranha-céu não arranha o céu é pretensão Babel, em queda livre percebo que sou a cidade inteira, antes de bater no chão descubro que sou uma superposição.
Morro como colono e colonizado.