E depois do caos
Autor: Frederico De Castro on Friday, 2 August 2019
A noite atropelou a solidão e dela
Se alimentou até à exaustão
Deixou um caos de lamentos calcorrear os carris
Deste silêncio alimentado com tantos padecimentos
Contemplei na tela do tempo uma hora
Esvair-se tão abatida, tão coagida
Descoloriu qualquer ilusão recriada na
Efeméride de uma caricia chagando ludibriada
E assim despercebida a madrugada irradia seus
Suculentos breus, quase letárgicos, velando a
Escuridão que à soleira do tempo fenece repatriada
Ficou alojada na memória uma brisa assediada
Camuflou a solidão de tal maneira que a manhã
Sitiada renasce…com a breca!…Absolutamente saciada
FC
Género: