Letargia
Autor: Mila Soares on Saturday, 28 December 2019
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Ó tormenta! Que me enlonqueces...
Não sabendo sequer o que sinto
Coração! Que no meu peito arrefeces
Embragado! Pelo amargo sabor do absinto.
Ó alma! que nas amarras da amargura permaneces...
Temendo o amor pois nele a dor pressinto
Trauteias inaudíveis preces
Nesse Limbo por ti faminto
Cobres-te de alegrias que desconheces!
Abstrais-te do ontem
Porque no amanhã permanes.
Gemendo baixinho males de que padeces
Esventras agonias que não te esquecem
Nessa letargia sem fim amanheces.
MilaS
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