Poetrix

Letargia

Ó tormenta! Que me enlonqueces...

Não sabendo sequer o que sinto

Coração! Que no meu peito arrefeces

Embragado! Pelo amargo sabor do absinto.

 

Ó alma! que nas amarras da amargura permaneces...

Temendo o amor pois nele a dor pressinto

Trauteias inaudíveis preces

Nesse Limbo por ti faminto

 

Cobres-te de alegrias que desconheces!

Abstrais-te do ontem

Porque no amanhã desfaleces.

 

Gemendo baixinho males de que padeces

Esventras agonias que não te esquecem

Letargia

Ó tormenta! Que me enlonqueces...

Não sabendo sequer o que sinto

Coração! Que no meu peito arrefeces

Embragado! Pelo amargo sabor do absinto.

 

Ó alma! que nas amarras da amargura permaneces...

Temendo o amor pois nele a dor pressinto

Trauteias inaudíveis preces

Nesse Limbo por ti faminto

 

Cobres-te de alegrias que desconheces!

Abstrais-te do ontem

Porque no amanhã permaneces.

 

Gemendo baixinho males de que padeces

Esventras agonias que não te esquecem

Letargia

Ó tormenta! Que me enlonqueces...

Não sabendo sequer o que sinto

Coração! Que no meu peito arrefeces

Embragado! Pelo amargo sabor do absinto.

 

Ó alma! que nas amarras da amargura permaneces...

Temendo o amor pois nele a dor pressinto

Trauteias inaudíveis preces

Nesse Limbo por ti faminto

 

Cobres-te de alegrias que desconheces!

Abstrais-te do ontem

Porque no amanhã permanes.

 

Gemendo baixinho males de que padeces

Esventras agonias que não te esquecem

continência

"A continência que bate para ti"

 

No comércio de cercas arcaicas, passam crianças em busca de desejos.

Quebram contratos, quebram convênios em uma dança tonta de saques urbanos

Comerciantes de almas vendedores de armas, a boca suja da farda antiquada, vibra em zig-zag demente sobre telas de mega- bits.

Seu produto final o sangue Petroquímico, cheiro de óleo abissal, fica no Charco preso como mosca no mel é a continência que bato para ti.

 

 

Olimpo dos Poetas

No Olimpo dos Poetas,

A fada Oriana voava,

E as tertúlias que aí se faziam

Eram lindas e discretas.

(Só os poetas podiam ver Oriana)

“Encanta a noite, Oriana!”, pediam.

E Oriana encantava.

Eles, felizes, sorriam,

Nos tronos daquele panteão

Onde Oriana tinha assento

E a poesia acontecia.

Eram todos grandiosos

Mal cabiam no seu lugar

(Mas a nenhum proibiam de entrar).

Escreviam versos maravilhosos

Dignos de quem sabe amar.

 

Camões tinha um fogo

A Poesia Quase Esquecida!

Em todo lugar existe história...
Independente do paisagismo
Haverá sempre uma poesia notória
Quase que esquecida! Solitária...
Gritando aos surdos para ser escrita!
Do lado de lá de sua glória!...
E poucos na vida lhe botam a vista.
 
A Poesia...
A corja pouco se importa que ela seja!
Faz que nem vê! O valor do cântico surgido das centelhas mentais...
Ou como a escada está bem encaixada com a mesa

Tracejos (O Ciclo)

Galo-do-alto é um peixe.
Galodastrevas é um candelabro. 
Galo-branco é uma planta! (Uma planta...)
Galinha-gorda é uma brincadeira infantil.
Galo-de-campina é um cardeal! (Um cardeal...)
O que eu quero dizer é que o caldo é só o nosso externo...
O que a nossa personalidade mostra entre um olhar e outro
Vem muito antes de todo o além bonito e fraterno.
Existe ser mais sonhador que o calóbato do circo?!
Nem tudo é o que parece ser. 

NO OUTRO MUNDO

Ao voltares um dia, anjo loiro,
Meu tesoiro, ao teu berço divino,
E eu a tua espera lá estiver,
Verás que em tua existência rara,
Não te fui um amigo qualquer;
E que, nos meus anos tão soturnos,
Foste mais que uma bela mulher!

Sem sofrer nos cismares noturnos
Esta ausência cruel que me foste;
Por esperar teu sutil retorno,
Sei que vou sorrir eternamente,
Como antes, ao teu lado, e essas lágrimas
Serão extintas na nova terra.

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