ITINERÁRIO DE PASÁRGADA
(...) todo poeta é um menino crescido
com o olhar virgem da infância (...)
da poesia da minha infância... de quando o azul era irreversível... de quando eu ficava bebendo todos os azuis sem pedir licença pra ninguém... de quando a minha poesia era clarão... era conto de fadas... era história da carochinha... Ah! meninice! sem segredos e intermediários... no itínerário dela só o conteúdo da emoção... do emocional e particular, em que não se pensava em natureza artística, mas em natureza da emoção... a atitude apaixonada dos poemas da infância... do meu "eu" menina... da minha escolinha... o meu acervo infantil não cresceu a menina... a menina que sempre esteve no coletivo da memória... da memória dessa menina que alicerçou o seu país fabuloso nos contos... nas parlendas... adivinhas... cantigas de roda... trava-línguas... tudo isso tem um cheiro de acalanto pra mim... tão cheio de significados e cheiros... tão cheio de "plantas" recriadas, no descampado da minha imaginação...]
____Dentre as minhas inspirações: BANDEIRA