Orgânico

Um silêncio orgânico germina ao longo
Da maresia esbelta fecunda…quase epifânica
A seu bel-prazer adormece aconchegada e catatónica
 
Na clarabóia do tempo brilha a esperança sedutora
Aplaina a noite e esculpe todo este poente mais sensitivo
Deixa semi-nu qualquer silêncio enclausurado e definitivo
 
A escuridão sem rasto afaga cada breu explodindo intrusivo
Pavimenta a viela onde jaz o tempo ignorado, esquecido…relativo
Embrenha-se no horizonte apaziguado por este sonho ali cativo
 
O céu perfumado por um aguaceiro juvenil e contido
Recita ao vento meus versos desertores e combalidos
Até serenar tantos ais soberanos, hidratados…bem remidos
 
FC
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Comentários

Que belo e intenso o poema. Gosto muito.

 

Parabéns!!

 

Abraço