Batalhando contra a poesia
Autor: Reirazinho on Sunday, 7 November 2021
Ophel deve ter sido amaldiçoado,
seu autoflagelo com sua caneta,
punia-se ao lançar palavras
contra a folha, como que fincado
na terra, o espantalho semântico.
Aprecia a verdadeira poesia,
como o perfume de primavera,
aos sonetos do velho marujo.
Sentia-se morgado quando uma
rima limitava o coração da
sentença; ele, tolo homem,
está preso junto aos falsos
poetas, de que se orgulham
ao gritar aos montes suas obras
efêmeras junto às suas ideias;
Nunca engoliu a soberba
literária do homem que vende
o linguajar recheado de vazio.
Detesta o verso mais dedicado
ao populismo, prestes em meio
a sinceridade artística.
A vida palpita êxtase de verdade,
corpos vestidos de corpo e alma,
não como de corpo e adorno.
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