O amor ocultista

Entre os cabos da vida,
Laço o cosmo para mim,
Domando a existência assim,
Aperto a tristeza que fica.
Um nó tão incompreensível,
Libera meu sacerdote,
Em credo tão indestrutível,
A Via Dolorosa reza ao dote.
Nada rompe o caminho,
Exceto esta minha jovem.
Do seu amor cobriu o espinho,
Sob os ossos do meu além.
O caminho do mago é só,
Mas a direita me pede vinho,
E a esquerda me leva ao pó;
A jovem me tira do limbo.
Conto com ela, mas não posso,
Misantropia quer meu fim,
Ela requer todo meu foco
E eu odeio odiá-la assim.
 

 

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