Nas profundezas de um instante

No vasto abismo de silêncios hibernam sussurros tão prolépticos
São como latidos de um eco tão irreverentemente esquiço e epilético
O defenestrar de cada gota oceânica fluindo no algeroz dos uivos herméticos
 
Num instante cada instante colapsa incógnito efémero e complacente
Açucara a tempestade de palavras tão intemporais e prepotentes
Desenha o periélio de cumplicidades amarando entre maresias reverentes
 
Frederico de Castro
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