Ressuscita-me o silêncio

para sempre Gal
 
Entre complacentes murmúrios o tempo crepita flamejante e altruísta
Encurva-se saudando a manhã que desperta tão saudosa e reformista
Ressuscita-me este silêncio incrustado no parapeito das preces imprevistas
 
Qual bálsamo transcendente duas brisas perfumam essa voz tão pacifista
Na infinita metamorfose de luz fecunda-se um adeus sereno e coreografista
Assim se apascenta cada hora esvoaçando algemada a um sussurro calculista
 
Cada segundo magoado flutua  num curvilíneo desejo tão enamorado
Ajoelham-se na sinagoga das emoções onde choraminga o dia acocorado
É a mais bela e eloquente canção sussurrando no teu sorriso aprimorado
 
FC
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