Ressuscita-me o silêncio
Autor: Frederico De Castro on Wednesday, 9 November 2022
para sempre Gal
Entre complacentes murmúrios o tempo crepita flamejante e altruísta
Encurva-se saudando a manhã que desperta tão saudosa e reformista
Ressuscita-me este silêncio incrustado no parapeito das preces imprevistas
Qual bálsamo transcendente duas brisas perfumam essa voz tão pacifista
Na infinita metamorfose de luz fecunda-se um adeus sereno e coreografista
Assim se apascenta cada hora esvoaçando algemada a um sussurro calculista
Cada segundo magoado flutua num curvilíneo desejo tão enamorado
Ajoelham-se na sinagoga das emoções onde choraminga o dia acocorado
É a mais bela e eloquente canção sussurrando no teu sorriso aprimorado
FC
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