A internet matou a arte

A internet assassinou a arte,
deixou em seu caixão o resto,
largou suas flores do fim
no funeral da criatividade.

A internet negando o ócio,
promove o neoliberalismo,
estamos sumindo como pó,
e a revolta se tornando pop.

Tudo é toda uma mesmice,
não tem algo surpreendente,
velamos um passado familiar,
num eterno retro futurístico.

De passado os museus vivem,
mas a sociedade também.
Queremos agora um novo lar,
só que lá… não há ninguém.

Nosso consumismo nos matou,
urubus consumiram o cadáver,
o dinheiro fede como decomposição:
a carniça do trabalho nos sobrou.

‘’Voltemos ao passado, lá há vida’’ (diz o retrógrado)
lá há injustiça, lá também há peste…
mas pelo menos sem tanto tempo
para se perder na internet.

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