O céu está azul, mas eu estou enjoado

O céu está azul há minha frente 

Mas estou enjoado e a ver a dobrar.

As bebidas todas que ingeri nestes últimos tempos

Ainda não tiveram chance de sair,

                                              o meu mijo é 

                                              amarelo escuro.

 

Enrolo um cigarro, 

acaba-se-me demasiado rápido

as bocas são granadas e ouço-as longe daqui.

O meu amigo sem abrigo vive na margem da sociedade,

                   eu, da lei.

Ofereceu-me comida enquanto eu,é que lha devia ter oferecido.

 

Não há alma que veja nascer daqui,

que venha a

Unicamente das personagens que crio ou que leio

Essas têm completamente razão em não ter razão.

Essas vivem na margem,dos tempos.

 

Gosto de ir a uma boa tasca,embebedar-me falar com o dono.

Uma blasfémia de como tão pouco me 

                                                              faz "feliz"…

Hodierno já não seguro os cigarros com as pontas dos dedos,

entre o indicador e o polegar 

e isso diz bastante de mim.

Passei por tranfigurar-me num espírito caseiro e amaldiçoado…

levemente ocioso e de faces magras.

 

Desejo experienciar uma explosão 

                                           que tudo vá à merda.

                merda morta a flutuar no topo do rio 

                            escrito em sangue e bocados

        como seremos nós adaqui para a frente?

 

O calor da cidade faz-me coçar a cabeça ou quando estou nervoso.

Geralmente no meio das pessoas e sóbrio.

A embriaguez não é uma doença mas uma cura suponho arbitrariamente.

Toda a gente é que tem a mania de colocar nomes para se sentir melhor consigo mesmos... "aquele é um bêbado" e tal e tal

Porra, e quando te calas.

 

A alegria é uma doença e eu coloco nomes e ninguém tem haver com isso.

São tudo fases, odiando essa palavra.

As minhas botas fazem mais kilómetros que eu

por vezes não vejo o que tenho em minha frente e penso que seja por querer,

espero que sim.

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