Poesia de verdade

Cria-se uma poesia com verdade,
Mentir num verso é falar horrores;
Se escreves linhas com fatalidade,
Perde-se todo o amor, perde leitores.

Morrer, longe é ter só hombridade,
É dizer com honra, sem nem louvores:
Fui digno duma forte honestidade,
Pereci-me no sangue dos amores!

És estúpido arrogar tua mentira,
Preferível jogar-se da janela:
Beijar restos do chão que te conspira,

Decair num asfalto de ruela.
A triste história é mais antiga:
O poeta mentiroso duma figa.

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