O voo da vida

Voam os abutres
Dos altos penhascos ilustres
Sobre os rios tristes da realidade
Libertos de vaidade.

Voam com o vento
Nas asas do pensamento
Através do mundo
Que acorda sorrindo.

Nas horas frias do relógio
Na cede do elogio
Tudo voa num segundo
Nas mãos do vagabundo.

Inventam-se arraiais
O barco baloiça no cais
O Sol deita-se no horizonte
Voam os pardais da fonte.

Voam, dos beirais, as andorinhas
E, dos cortiços, as abelhas rainhas...
Voam sem medo até nascente
Nesta vida esvoaçante!

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Comentários

A vida é assim. Um constante esvoçar por entre vales e nuvens cinzentas...

Gostei muito!

Beijos.

Obrigada...

Beijos