Espaireça No Meu Íntimo Frigido

Espaireça no íntimo frigido,
Do meu coração boêmio;
Do teu licor, não o farei abstêmio;
Acorda-lhe, o corpo flácido,
Todo de ti é meu prêmio
Cantam as noites o inverno,
Que orna ele c'um frio;
Deixa-o de toda dor sóbrio,
Congelando o seu inferno;
Hospeda-me no teu átrio...

António Vicente Aposiopese

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