Amor de louco

Cingi a linha e toquei a saudade

Nas volúpias dores e levianas paixões

Quando a mim formei originalidade

 E a ti, quimera  das estações.

 

Louco amor deste desatino

Que me fizeste servo do que sirvo

Das ignotas lembranças que me esquivo

Como mole melodia de um sino.

 

Brancas são as noites de delírio

Mas pálidas que as almas dos sonhos

Doer e ferir  é canção no exílio

Em que vivo por viver tão tristonho.

 

E se vivo, viver é mais que doer

É estgmatizar e fazer ferir

Pelo amor atroz, artifício do sofrer

É chorar lamentando ao invés de rir.

 

 

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