Promessa
Autor: Fabio R. Villela on Monday, 18 November 2013
Quantos versos te restarão
quando as estrelas se apagarem?
Em busca de qual promessa
tu ainda rezará as mandingas?
Quem haverá de desenhar as rendas
por onde voava o colibri?
Quem, de ti restará?
E tudo por quê?
De onde ressuscitastes esse medo?
Lembrança de tantos amores em vão?
E no entanto, poeta, é preciso reviver.
Dispa-se da paúra e descalce o que dirão.
Nada sabem do que se passa em teu peito
e é tempo de renascer.
Nada escute, além da voz da amada.
Nada veja, além do brilho de seus olhos.
Nada temas.
Aperte a mão estendida,
afaste a mágoa sentida,
esqueça a decepção havida
e siga, por esse outro tanto de vida.
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