Sigo um rasto de multiplicação.
Sigo um rasto
de multiplicação.
Sei que me arrasto,
mas não posso dizer que não.
O que sigo e a vida.
E, infelizmente,
existe apenas uma saída.
Por isso sigo em frente.
Independentemente,
de ser singular ou não.
Aprendi que errar acertadamente
nos trará a mais certa conclusão.
Por isso vou errando,
uma vez em cada personalidade.
Faço-me macho, dançando o tango,
coberto por uma capa de falsidade.
Não sou um, não sou dois, sou três!
Mais talvez.
(Possui-me o desejo).
Talvez tenha uma para cada mês,
que vou rodando enquanto bocejo.
E elas, coitadas,
são meras personagens
inventadas por mim.
Memórias apagadas,
despejadas, à margem
de um rio sem fim,
que vivem sobre o meu domínio,
sem puderem fazer nada.
Limitadas de raciocínio
e com a alma desperdiçada.
Eu sou eu e todas elas,
como uma personalidade torta,
mas brevemente vou destruir todas as janelas
e criar apenas uma porta.
Rui Correia
Comentários
Madalena
Sáb, 07/12/2013 - 17:37
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Que esta porta seja de bênção
Que esta porta seja de bênção pra você!
Que Deus alegre o seu viver!
Que você possa sempre escrever!
Parabéns!