Vivo sem saber viver.

Eu vivo
sem saber viver.
Sou esquivo...
Tento sobreviver.

De tanto mover,
de lado para lado,
fico acompanhado
por uma dor de cabeça,
tão forte,
que faz com que permaneça
agarrado à minha sorte.

Fico agarrado a nadas
da minha imaginação...
Águas passadas
que ainda me correm no coração.

Mas acabam por não correr...
De tanto sofrer,
e tanto lutar,
o coração deixa de querer
e quem antes estava a ganhar
passa a perder.

São dilemas da vida.
Tudo tem um fim
e, com ou sem despedida,
o sólido como marfim,
passa a ser uma fase vivida.

Isso aumenta aquela dor
da qual sou parceiro.
Sinto um forte calor
e um leve formigueiro...
Já não sei se é da febre do amor
ou de sofrer a tempo inteiro!

Por isso eu deixo o "viver",
para quem já o viveu até ao fim
e tento, apenas, fazer
a vida passar por mim...
Assim sei que viverei como um rei...
Se não for com quem tinha sonhado,
Será com alguém que me tornou "afortunado".
Amor?! sempre haverá
se me tornarem apaixonado!

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Comentários

Caro amigo Rui Correia, gostei do teu poema é um grito na escuridão marcado por vários sentimentos mas que também transporta um pouco de autoflageslação.

O tempo da vida nem sempre tem periodos escuros, também tem sol e calor, por isso difunde a esperança em melhores dias. A esperança dá forças aos ideais e coragem às pessoas, que se renovam, mesmo quando tudo parece ao ponto de perder-se.

Perservando-a em ti, nunca desfacelecrás, nem te sentirás abandonado, quando as circunstânciaste convidarem ao testemunho e à solidão.

Um abraço

 

 

 

Obrigado Caro josé...
Sinto-me lisonjeado por ter alguém que escreve tão bem a comentar as minha criações.
Continuação, abraços!

 

 

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Muito lindo! Bastante triste também, mas a vida é assim mesmo!

Momentos tristes, outros alegres, um sorrindo, outro chorando!!!

Mas...Vamos amando!

Abraços!