Sou dentro o clarão nos poemas da Florbela Espanca
Noivado estranho no coração deserto
é Cegueira constante da memória
que alastra e queima em Maior tortura no vazio de um livro.
Que Desalento o poema do poeta Só e Errante.
Texto de sílabas derrama a lava dos vulcões
em papel branco de mim
ferindo o peito roto onde bate o ritmo dos meus Sonhos.
Noite trágica rompe o amanhecer
em fios de Sol brilhante,
e o novo cântico do rouxinol
termina a Balada do meio dia,
canta Duas quadras repetitivas da vida de ninguém,
talvez morto do fim.
Versos de Amor correm nas veias
como a Estrela cadente corre
em velocidade de relâmpago para o aconchego do chão da terra.
Muitas falésias baloiçam sobre o Sol posto,
o instante morre, ou Talvez não,
Escuta a tristeza que Suplica o mistério dos meus Jardins,
sorri sem desdém aos olhos d ele
é o teu mar,
a oração de joelhos da humildade da Lua,
que beija sem bússola em triste destino.
Nunca mais andarei pelas vielas
á procura do poeta sem nome,
foste dor dentro do amor fingido.
Tomarás o caminho da preferência.
Quem sabe? Aonde?.
Quando o poder da graça
contraria a atmosfera esclarecem se
os erros da condenação singela do poeta noutra caligrafia de solidão.
Pela calçada do sol,
O espectro faz a sombra da Confissão dos meus Anseios
em linguagem falante dos Desejos desejados
pelo porto do Meu Portugal,
que proclama Á guerra a paz na Oração.
Hiberno e mudo de papel,
Visões da febre alucinam a Saudade, e
Vozes do mar murmuram O teu segredo,
és triste,
vejo no teu olhar de água que repousa o meu,
dizes-me que me amas hoje essa é a Doce certeza.
Gila Moreira