XII – O Enforcado (10-02-2013)

Amor, se o arrependimento matasse
Há muito que estaria morto –
Pois, houve juras que, se jurasse,
Não seria digno de vida, absorto…

E penso em todo o mal que te fiz:
Desculpa se te magoei, minha flor-de-lis –
Arrependo-me aqui amargamente:
(Nem a vida mereço, certamente…)

Queres-me dar de novo a tua mão
Enquanto te peço perdão
Numa dúzia de versos?

Eu sei que o passado não se apaga,
Mas estar de cabeça virada é praga –
Vamos de cabeça erguida ver Universos!

David Ramilo

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