Fúria
Autor: Gila Moreira on Tuesday, 11 February 2014
Sou a fúria que teme o principio,
a fissura azul tomada pelo ser,
a revolta marítima em altas ondulações,
foge e deixa o que tomas-te.
Se me chamas de despojada
antes de nascer o dia,
eu serei o segredo a fermentar
onde o Amor é Vapor.
No claustro do poema em fúria,
cavamos um poço de palavras
para beber o verbo da gramática
sem tempo e sem modo.
Oscilamos e enfurecemos
o nosso corpo Mar,
somos a fúria de extremos neste chão.
Gila Moreira 11/02/2014
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