A Estrada
Autor: António Cruz on Saturday, 22 February 2014
Quero ser o que já fui,...
evidencia-se tão sumido,...
deixar os espaços vazios,...
diferente logicamente,...
impossivél desejar
o que nunca se foi,
numa só passagem,...
este alcatrão inutilizado,
num frenesim espiritual,
numa bonança corpórea,
anelando desafogo,
de um gravame
de delonga imemorial,
lamúria espectral,
em gracejos sorridentes
a quem passa
na candura
de quem há muito acuou,
esmorecendo
em soturno júbilo,
padronizados no comum
etereamente discrepantes,
nauseando
estares estabelecidos
por bolorentos
códices,
dormente
em hiatos temporais,
devaneio
letargias em nuvens,
frustações de intuitos
que não alcanço,
num éden eremita,
contemplando mileniuns
de narração,
escrito em folhas vazias,
num silabário ignoto.
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