Agonia

Agonia

 

 

 

 

Insisto no poema, que contudo se emudece,

Cala-se no tempo que passa,

O estro, antes vivo, derrotado fenece

Num estretor óbvio que fracassa

 

A agonia é provocada pelo quotidiano real,

E nem invocando musas ou o passado

Se aguenta a composição escrita, afinal,

Jazendo esmagada, do acosso azarado

 

Salvar-se...o improviso a teimar...

Na luta contra os espinhos do concreto,

Nesta flor que se quer eternizar

 

Viver...a revolução é em directo,

E nas margens do comum civilizar

Escreve-se o último verso-projecto.

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Comentários

Relatas bem as auguras de lutar pela vida , por amor, por tudo e as tentativas de fugir da solidao.