O Corpo em que me Deito
Autor: Timóteo Pernas on Friday, 21 March 2014
Nos umbrais do desejo
Ouve-se a voz de uma criança
No destemido firmamento
Nasceu a esperança
Como fora de ti
Sentes uma dor no peito
Em ti ainda pulsa
O ardor do teu leito
Tão longe de ti
Ainda arde aquela chama
De um coração selvagem
Que a inocência reclama
Coração faminto
Que saltas de prazer
Na eterna juventude trazes
A rebeldia em teu viver
Além de ti
Nada mais existe,
Do que um mundo
Que para ti subsiste
Louco coração
Trazes na dança o teu viver
E com ela a esperança
Na paixão de o conhecer
Há algo em ti
Que te faz sonhar
Guerra descoberta
Morrer por amar
Coração que és rei
E impões à razão
Porquê? Não sei!
Teu pensar, tua emoção
Em ti cai a Lua
Em ti amadurece o Sol
Para erguer tua juba
Em tua força, com um farol.
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