O moinho

Corpo redondo, olhos pequeninos,
no cume da serra de braço a girar
ao sabor do vento, cantando hinos,
sem preguiça... sempre a trabalhar.

Lado a lado com o seu amigo,
elabora a farinha e canta crente,
ser capaz de fazer de um grão de trigo
o fim da fome que mata tanta gente.

Assim passa a noite o redondo moinho,
dando guarida ao moleiro, que sozinho,
luta na noite ora a trabalhar, ora a vigiar

a escuridão da rua, pelos olhos pequeninos
do moinho que alegremente, vai cantando hinos
ao vento, que o seu grande braço faz girar!

Fernanda R. Mesquita

Em memória dos moinhos da minha infância

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Comentários

Fresco e lindo, parece integrar a paisagem de um livro de contos ou tela/aguarela. 

Cumprimenos,

Joo Murty